domingo, 29 de agosto de 2010

Devassada...

Destruída, desmoronando
Minha carne está imunda
Minha mente causa asco
Vãs são minhas reais necessidades
Medíocre, como me sinto
Minha insignificância é tamanha
Meu personagem já perdeu seu prestigio
Miragem, esse sorriso que trago impresso em minha face
Múrmuros me atormentam
Quem é ela?
De onde surgiu?
Onde está a menina suave?
Tudo está tão confuso
Tudo está mudando
Tudo está se revelando
Não sou o que almejei ser
Não sou uma fantasia
Sou o que o nada me tornou
Sou um pedaço do inferno
Sou o desassossego em existência
Torno-me infame
E me concilio.