quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

[Inadequado]

[ Dizia-me com os olhos d'água quem queria ser. Eu funcionava. Funcionava. Vez como tudo. Vez como apoio. Vez como refúgio. Vez como silêncio. Eu funcionava.
Como adubo eu sustentei e dei vida a sua flor. Ainda sou a raiz; a terra; o sol; a vida em sua saturada vida de pessoas vazias { ou quase }. Eu sou. Não sou por escolha, por fatalidades. Sou porque sou. Porque sou grande. Grande dentro de você. Pequena em mim, mas insuperável em você. Em você.
Não me leias. Não me sintas. Não me vivas, nem me mates. Não durma. Não chore. Não chore, nem ria { ! }. A bela e confiável loucura. Tão bela quanto as tardes ensolaradas; chuvosas { como preferíamos } em que nos afogávamos em nós mesmos; nós mesmas; apenas você { ou ninguém } e A loucura.
Como quando eu dizia aos seus cabelos: apenas a loucura. O nosso segredo. Você não era quem era. Não era o que nunca foi. Eu era você. E você nem pensava. Apenas ria { e chorava }. E ria das nossas doidices de amores juntos e separados. Amores seus que jorravam em seus olhos: meus! Nem como você queria. Nem como eu me permitia. Bem como queríamos { e fazíamos! }. Lia as suas letras { apaixonada } tão agradáveis como brincar de viver.
Como brincar de mentiras! Ora ria e mentia. Mentia tanto que nem seus olhos aguentavam e riam! Riam mais que horas de maldade&sutileza.
Não somos o que éramos, porque sempre fomos uma parte do nós dividido.
Patético. Tal como estamos { nada comum, pois nunca fomos obra regular da natureza }. ]

Nenhum comentário: