domingo, 25 de julho de 2010

Sorria para mim!

Nuvens nebulosas, um quebra-cabeça perfeito. Alguns feixes de luz quase imperceptíveis. As nuvens aos poucos estão esfarelando-se. Ele não quer sorrir. Não para mim. Insiste em se esconder. Abre algumas fendas, como quando desfazemos um algodão doce, mas este tem cor de cinzas. Uma luz! Uma breve luz e se vai, outra vez. Parece estar envergonhado. Ferido. Não tenho lhe dado atenção: tenho dito que não o gosto, que faz mau. Acho que se foi de vez. O cinza tornou-se a minha visão agora.

Está desenhando. Desenhando um arco entre as montanhas, mas se dissipou. Estonteadoras montanhas, tem uma bela pedra como decoração. Frente a elas há uma luz, como num farol. Corta a noite. Corta o vazio e mostra a vida. Algumas construções, telhados baixos e galhos enormes - como a sombra de folhas em uma parede - formando uma bela pintura. Não há sombra. Há luz. Não está imóvel. 06:16, estou sentindo o cansaço de meu corpo em meus olhos que lutam contra mim. Ele quer um público. É uma estrela. Minha visão já está confusa. Me vou e ele não vem.

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