quarta-feira, 7 de julho de 2010

Insônia

Travesseiro de pedra, lençóis esboçando dejetos
O breu da notei não apetece o recinto
Os pés vibrando, o sangue o invade
A mente torna-se um infimo de devaneios

Lençóis de algodão, travesseiro de penas
Cortinas abertas, céu repleto de astros
Cadáver estribando-se sobre colchões macios
Pensamentos desprezados, olhos cravados

Habitação destinada para dormir
Habitada por receios
Lençóis molhados, cobertos de fadiga

Lâmpadas como órgão de visão
Desassossego fino, habitual
Perde-se a noite

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